MAVI NARRANDO
A noite ainda respirava nos corredores da mansão quando ele entrou no quarto. Meu corpo, tenso e hesitante, não sabia se deveria recuar ou se entregar. Mas havia algo nos olhos dele que me paralisava e, ao mesmo tempo, me puxava para mais perto. Cada passo dele ecoava na madeira do chão como se ditasse o ritmo do meu próprio coração.
Quando ele se aproximou, eu senti a presença dele de uma forma que jamais havia sentido com qualquer outro homem. Nem com Héctor, nem com qualquer outro. Era mais do que desejo; era poder, era domínio, era fogo. Meu corpo inteiro reagiu antes mesmo de minha mente compreender o que acontecia.
— Mavi — a voz dele, baixa e firme, carregava comando e promessa. — Não há espaço para hesitação agora.
Não houve necessidade de palavras. Apenas me entreguei. O primeiro toque foi quase silencioso, um contato que queimava e acalmava ao mesmo tempo. A mão dele percorreu minhas costas, guiando-me até o centro do quarto. Um toque, apenas isso, e eu já sen