Na manhã seguinte, Mila acordou com a luz entrando pelas frestas da janela.
O vento balançava devagar as cortinas, e por um instante ela ficou ali, deitada, tentando reunir coragem para abrir o laptop.
Sabia que precisava responder o e-mail.
Deixar aquele convite sem resposta parecia infantil.
Mas parte dela temia que aceitar — mesmo que remotamente — fosse como abrir de novo a porta que tinha fechado com tanto esforço.
Levantou devagar, passou um café forte e sentou na mesa do pátio.
O lago estava quase prateado naquela hora do dia, e as sementes plantadas pareciam pequenas promessas se preparando para cumprir seu destino.
Respirou fundo.
Escreveu uma resposta curta, sem se comprometer por inteiro:
"Obrigada pela proposta. Gostaria de saber se existe a possibilidade de trabalharmos de forma remota, ao menos por um tempo. Preciso reorganizar algumas questões pessoais antes de considerar um retorno definitivo."
Leu duas vezes antes de apertar enviar.
Quando finalmente clicou, sentiu co