A noite chegou com o céu limpo, estrelas brotando devagar como se também quisessem participar da festa.
As luzes penduradas entre as árvores tremeluziam sobre as mesas cheias de comida, flores e histórias prontas para serem contadas.
Mila caminhava entre os convidados com um pano de prato no ombro, um sorriso largo no rosto e um brilho nos olhos que nenhuma maquiagem seria capaz de reproduzir.
Blerim, ao seu lado, distribuía vinho, riso e simpatia com a mesma tranquilidade de quem sempre pertenceu ali.
— Olha essa mesa, Mila! — disse Valdete, ajeitando uma travessa de queijo. — Isso aqui é o que acontece quando a gente mistura mãos boas e corações inteiros.
— Isso aqui é amor em forma de pão e vinho — respondeu Mila, rindo.
— E esperança — completou Valdete, apertando o ombro dela. — Muita esperança.
Toto deslizava entre as pernas dos vizinhos como anfitrião oficial.
Crianças corriam entre os bancos, o cheiro da comida se misturava ao da terra úmida, e a casa — ah, a casa — parecia ex