O domingo amanheceu com o cheiro de café e pão fresco invadindo cada canto da casa.
Mila acordou devagar, espreguiçando-se debaixo do cobertor.
A luz entrava suave pela janela, como se até o sol tivesse decidido descansar um pouco naquele dia.
Blerim já estava na cozinha, assobiando uma melodia que ela não conhecia.
Toto, encolhido num canto, acompanhava tudo com o olhar atento — como se quisesse garantir que o café ficaria do jeito certo.
— Bom dia — disse Mila, passando os braços pelos ombros dele.
— Bom dia. — Ele virou o rosto e beijou a têmpora dela. — Dormiu bem?
— Melhor impossível.
— Então tá tudo como devia estar.
Ela se encostou à bancada e ficou observando enquanto ele cortava o pão.
Era curioso como aqueles gestos simples — pôr água pra ferver, separar o queijo — tinham se tornado quase sagrados.
Mais que rotina: eram prova de que estavam ali, juntos, vivendo uma vida escolhida.
Tomaram café na varanda, olhando o quintal úmido de orvalho.
O silêncio era tão confortável que