Capítulo 11

Mila acordou com o vento balançando as telhas. Por um instante, pensou que fosse uma tempestade, mas quando se levantou e espiou pela janela, viu que o céu estava limpo, de um azul pálido.

Era só o vento sussurrando no beiral — lembrando-a de que a casa continuava viva, mesmo quando tudo parecia quieto.

Tomou café sem pressa e ficou algum tempo sentada à mesa, relendo os recados que tinha anotado no caderno vermelho. Pequenas observações sobre os móveis, sobre o quintal, sobre a própria solidão.

Mais tarde, como se algo a puxasse, desceu a escada estreita que levava ao sótão. Não visitava aquele lugar desde que tinham explorado juntos pela primeira vez — naquela ocasião, tudo parecia tão inóspito que ela só conseguia pensar em vender a casa o mais rápido possível.

Agora, porém, sentia que precisava voltar ali. Precisava entender o que ainda restava escondido naquele espaço esquecido.

Empurrou a porta com cuidado. O ar tinha cheiro de madeira úmida e poeira antiga. Feixes de luz escapa
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App