O galpão se erguia diante deles como uma sombra ameaçadora, aço e concreto mergulhados no breu da madrugada. O vento batia contra as paredes metálicas, fazendo o ranger ecoar como lamento de ferro velho. Dante avançou primeiro, passos firmes, a arma em punho, enquanto Amara vinha logo atrás, o coração descompassado.
A cada passo, o silêncio parecia mais denso. Não havia vozes, não havia movimento — apenas a respiração contida deles dois. Amara tentava ignorar a sensação de que algo os observava das sombras, mas era impossível.
Quando entraram, a penumbra tomou conta. O cheiro de ferrugem e óleo queimado impregnava o ar.
— Isso está errado… — murmurou Dante, olhos atentos, percorrendo cada canto com a mira.
Amara, porém, foi atraída por algo no chão, perto de uma pilha de caixotes quebrados. Um brilho discreto, como se a luz fraca da lua tivesse decidido repousar ali. Com passos hesitantes, ela se aproximou, o peito apertado pela intuição.
Ao se abaixar, seus dedos trêmulos t