Capítulo 22

O caminho de volta para a mansão foi silencioso.

Dentro da SUV, Amara observava o reflexo dos prédios pelas janelas escuras, a mente girando com tudo que havia escutado.

Aqueles homens sentados ao redor da mesa… nenhum deles confiável. Nenhum leal. Apenas máscaras em rostos velhos e alianças costuradas com medo.

Ela sentiu o estômago revirar de raiva e frustração.

Dante dirigia em silêncio, a mão firme no volante, os olhos presos na estrada.

A presença dele ao lado dela era sufocante — não pelo espaço físico, mas pela tensão invisível que sempre existia entre eles.

— Vai continuar calada? — ele perguntou, a voz baixa, mas carregada de deboche.

Amara nem olhou para ele.

— Estou pensando — respondeu seca.

Dante sorriu de canto, o olhar rápido desviando para ela.

— Isso me preocupa.

Ela revirou os olhos, o tom afiado escapando antes que pudesse conter:

— Deveria. Porque quando eu penso, costumo agir. E quando ajo… costumo incomodar.

Ele riu baixo, um som rouco, sem humor.

— Está aprenden
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