O caminho de volta para a mansão foi silencioso.
Dentro da SUV, Amara observava o reflexo dos prédios pelas janelas escuras, a mente girando com tudo que havia escutado.
Aqueles homens sentados ao redor da mesa… nenhum deles confiável. Nenhum leal. Apenas máscaras em rostos velhos e alianças costuradas com medo.
Ela sentiu o estômago revirar de raiva e frustração.
Dante dirigia em silêncio, a mão firme no volante, os olhos presos na estrada.
A presença dele ao lado dela era sufocante — não pelo espaço físico, mas pela tensão invisível que sempre existia entre eles.
— Vai continuar calada? — ele perguntou, a voz baixa, mas carregada de deboche.
Amara nem olhou para ele.
— Estou pensando — respondeu seca.
Dante sorriu de canto, o olhar rápido desviando para ela.
— Isso me preocupa.
Ela revirou os olhos, o tom afiado escapando antes que pudesse conter:
— Deveria. Porque quando eu penso, costumo agir. E quando ajo… costumo incomodar.
Ele riu baixo, um som rouco, sem humor.
— Está aprenden