O relógio marcava quase meio-dia quando a porta do quarto finalmente se abriu.
Amara levantou o olhar, já pronta, sentada na poltrona ao lado da cama, com as pernas cruzadas e o celular ao alcance da mão.
Mas foi Dante quem entrou, a expressão impassível, o olhar cinza ainda mais fechado que o habitual.
— Pode sair agora — ele anunciou, a voz baixa e seca.
Amara arqueou uma sobrancelha, o tom desafiador surgindo antes mesmo das palavras.
— Ah, então agora eu tenho permissão?
Dante a ignorou, caminhando até o armário e pegando uma jaqueta preta, o celular preso à mão, os dedos digitando mensagens rápidas enquanto falava:
— Lorenzo De Santis enviou representantes para tentar limpar a imagem dele — o olhar dele se prendeu nela — Mancini também está se movimentando. Eles estão jogando como sempre, fingindo lealdade e tramando pelas costas.
Ela se levantou devagar, os cabelos soltos caindo pelos ombros, o olhar firme.
— E o Conselho?
— Falsos como sempre — respondeu — J