Dante saiu da mansão como uma sombra cortando a noite, os homens armados o seguindo em silêncio absoluto.
O ar estava pesado, o clima abafado típico das madrugadas em Palermo, mas o verdadeiro calor vinha da tensão que se acumulava a cada minuto.
Ele ajustou o coldre sob a jaqueta e entrou na SUV, o olhar fixo na estrada à frente.
Do lado de fora, os becos escuros e as ruelas estreitas pareciam esconder mais do que só escuridão.
Enzo Mancini estava se mexendo.
E quando um rato se mexe, é porque planeja roubar ou morder.
— Estão em que área? — Dante perguntou ao motorista, os olhos duros como aço.
— Porto velho. Chegaram há cerca de vinte minutos. Discretos. Mas armados.
Dante bufou, os dentes cerrados.
— Mancini nunca soube jogar limpo. Prefere agir como um covarde… pelas sombras.
O carro acelerou pelas ruas vazias, cortando o silêncio da madrugada.
Minutos depois, chegaram ao porto abandonado, um local afastado da zona turística, onde apenas criminosos e cadáveres circulav