O salão estava iluminado por lustres de cristal que pendiam do teto alto, o mármore do chão refletia o brilho dourado das luzes, e o ar estava impregnado com o cheiro caro de uísque, charuto e perigo.
Todos estavam lá.
Chefes de famílias, herdeiros, aliados, traidores disfarçados de amigos — e claro, os velhos do Conselho, sentados em seus tronos invisíveis, controlando os fios da marionete que era o submundo da máfia italiana.
Dante ajeitou os punhos da camisa preta sob o paletó escuro, o rosto impassível, o olhar afiado percorrendo o ambiente como se já soubesse quem deveria eliminar se as coisas saíssem do controle.
Ao lado dele, Amara era a própria visão do caos disfarçado em elegância.
Ela vestia um vestido preto justo, longo, com uma fenda alta que revelava parte da coxa e o decote generoso delineando o colo.
O salto fino estalava pelo chão a cada passo, e os cabelos soltos caíam em ondas sobre os ombros.
O olhar dela? Frio. Feroz.
Uma Bellucci em território inim