O sabor do beijo dele ainda estava nos lábios de Amara, selvagem, inegável, queimando como gasolina em brasa.
O corpo dela ainda estava colado ao dele, o tecido da camisa preta, larga demais para ela, colando ao corpo molhado, escondendo o biquíni minúsculo que tanto o tinha irritado.
Ela abriu a boca, pronta para disparar mais uma provocação, para jogar gasolina no fogo que ardia entre eles, mas Dante foi mais rápido.
Ele a segurou pelo queixo, firme, o polegar roçando de leve a pele molhada.
— Foi um erro — rosnou, os olhos cinzentos semicerrados, o maxilar travado, como se cada palavra fosse cuspida contra a própria vontade — Um erro que não vai se repetir.
O coração de Amara disparou, mas ela manteve o olhar firme, o orgulho queimando por dentro.
Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele se afastou.
O calor da presença dele desapareceu como uma lâmina cortante.
Dante virou-se, o peito largo ainda exposto, os cabelos úmidos desalinhados, e atravessou o jardim em direção à