Clara acordou com o cheiro de café filtrado… e o som de notificações no celular.
Tinha dormido de novo — enroscada, com o cabelo emaranhado no travesseiro dele e o corpo embalado no calor da última madrugada.
Mas foi só virar de lado e…
Nada.
Cama vazia.
Só o bilhete preso com um clipe no criado-mudo:
“Na academia do 24º andar.
Mandei trazer seu tênis e legging.
Não aceite menos endorfina do que você merece.
— D.”
Ela riu. Sozinha.
Riso baixo, orgulhoso, quase desaforado.
Porque aquele homem não parava.
Não apenas transava como se cada gozo fosse um acordo de paz entre mundos opostos, ele pensava nela. Se antecipava. Lembrava do que ela gostava. E entregava antes que ela pedisse.
Na cozinha, encontrou o que ele tinha deixado: sacola discreta da Nike, com um conjunto novinho — legging vinho queimado, top da mesma cor e uma regatinha preta minimalista. E o tênis dela.
— “Filho da mãe atento…” — ela murmurou, com um sorriso no canto da boca.
Se trocou. Prendeu o cabelo num rabo alto. Pas