O relógio do corredor marcava quase meio-dia quando a notícia correu pela maternidade: Liz estava prestes a dar à luz. O hospital, tão limpo e controlado, parecia carregar no ar a expectativa vibrante que só um nascimento provoca.
Rose, de pé diante da porta, sentia o coração bater mais rápido do que em qualquer missão de risco. Ela sempre acreditara que podia controlar o corpo, dominar os sentidos, sufocar o medo. Mas ali não havia treinamento que preparasse alguém. A vida que estava chegando não podia ser contida por nenhuma disciplina.
— Rose! — A voz de Heitor ecoou pelo corredor, chamando-a de imediato. O irmão apareceu apressado, ainda de terno, como se tivesse largado uma reunião às pressas. — Você conseguiu chegar.
Ela assentiu, apertando a mão dele num cumprimento firme. — Claro que sim. É a Liz.
Logo atrás, Danilo surgiu também, o semblante mais leve, mas igualmente ansioso. — João está lá dentro com ela. Disse que não ia sair por nada.
O trio de irmãos Almeida se reuniu no