A noite tinha sido curta. Rose mal dormira, atormentada pelo eco do nome que não saía de sua cabeça. Pedro. Cada vez que tentava afastar a lembrança, sentia o coração acelerar, como se estivesse traindo sua própria disciplina.
O som do celular vibrando sobre a mesa quebrou o silêncio do quarto de hóspedes. Ela atendeu de imediato, reconhecendo o número.
— Almeida. — A voz grave do contato de segurança soou urgente. — Interceptamos uma mensagem suspeita. Endereçada a “Pedro Nascer”.
Rose endireitou-se na cama, o corpo inteiro em alerta.
— Do que se trata?
— Um e-mail anônimo. Ameaça direta. Cita o acidente da noiva e fala em terminar o que ficou inacabado.
O sangue dela gelou.
— Detalhes. Quero cópia imediata.
— Já está a caminho. Mas há mais: alguém andou circulando a garagem do prédio esta madrugada. Sem autorização.
Rose encerrou a ligação e respirou fundo, tentando conter a fúria que subia. A ameaça não era apenas sombra — estava cada vez mais concreta.
Quando entrou na sala, Pedro