Ele me apertou mais no abraço, e as suas palavras, ditas com uma convicção que me atingiu em cheio, me fizeram chorar ainda mais, mas agora, de alívio.
— Eu estou aqui, Helena. E enquanto eu estiver aqui, você tem uma família. Agora, eu enfrento o mundo.
A sua promessa, a sua sinceridade, me desarmaram por completo. Ele, o magnata, o herdeiro, o piloto, o homem que me abandonou com um bilhete, agora era a minha família. Ele levantou e mergulhou na água novamente, a alegria voltando ao seu semblante. Eu fiquei ali, no gramado, observando-o, e um sentimento de paz me invadiu. A minha vida, a vida simples da fotógrafa órfã, agora se misturava com um universo de luxo e conveniência. Mas, naquele momento, em seus braços, a diferença de mundos parecia insignificante. E eu, pela primeira vez, me senti em casa.
Fiz algumas fotos. Por sorte, tinha levado minha câmera. Queria registrar aquele momento, a alegria dele, a paz que eu sentia. Depois, me virei para ele.
— Vamos, Léo. Quero con