A cerimônia começou. O padre falou algumas palavras, e na hora do 'sim', as palavras quase não saíram da minha boca. "Helena Alencar, você aceita Leonardo Montenegro como seu legítimo esposo até que a morte os separe?", ele perguntou. O meu coração batia tão forte que eu achei que ele fosse sair do meu peito. Eu respirei fundo e, com a voz embargada, falei:
"— Sim."
"Leonardo Montenegro, você aceita Helena Alencar como sua esposa até que a morte os separe?", o padre perguntou.
"— Sim", ele respondeu, e o seu sorriso, o seu olhar, me fizeram sentir uma emoção que eu não esperava.
O padre falou: "Pode beijar a noiva". Foi o beijo mais incrível da minha vida. Ali, todos nos olhando, eu me senti em um conto de fadas, e a linha entre a realidade e a conveniência parecia ter se apagado. A sua mão na minha cintura, os seus lábios nos meus, o calor do seu corpo… tudo era tão real, tão presente. E eu, a fotógrafa órfã, me senti, pela primeira vez, uma noiva. Uma esposa. Uma mulher amada. E, me