Já na festa, o senhor Francesco nos perguntou:
— O que acha de Maldivas para a lua de mel?
O meu coração gelou. Maldivas. Um paraíso, um lugar que eu nunca imaginei que visitaria. Léo, ao meu lado, respondeu antes que eu pudesse sequer pensar.
— Vovô, ficamos muito agradecidos, mas eu pensei em levar a Helena para a França. Lá significa muito para mim.
A sua voz, cheia de emoção, me pegou de surpresa. O que a França significava para ele? O meu olhar, confuso, encontrou o dele. Ele apenas sorriu, o sorriso de canto de boca, o brilho nos olhos. A sua mão na minha cintura, o seu carinho... tudo parecia tão real, tão presente. A linha entre a realidade e a conveniência parecia ter se apagado. E eu, a fotógrafa órfã, me senti, pela primeira vez, uma noiva. Uma esposa. Uma mulher amada. E, mesmo sabendo que era um acordo, que era um casamento de conveniência, naquele momento, em seus braços, a diferença de mundos parecia insignificante.
Ótimo. E quando vão?", o senhor Francesco perguntou