Na varanda, o vento suave do Rio acariciava o rosto de Helena enquanto ela admirava as luzes cintilantes da cidade. Leonardo se aproximou, e o calor de seu corpo contrastava com a brisa da noite. Ele a virou para si, as mãos em sua cintura, a puxando para perto. O olhar dele era terno e cheio de carinho. Ele a beijou suavemente, um beijo que parecia inevitável e natural. Foi um beijo profundo, que começou com a maciez dos lábios e transmitiu todo o sentimento que havia entre eles. Helena sentiu seu coração acelerar, envolvida pela doçura daquele momento.

O beijo na varanda se aprofundou, a doçura inicial se transformando em um turbilhão de desejo. As mãos de Leonardo, antes firmes na cintura de Helena, moveram-se com urgência para as suas costas, enquanto as dela se enroscavam em seu pescoço. O mundo exterior, com suas luzes e sons, desapareceu. A única realidade era a pele, o calor e a promessa de algo inegável.

Ele a levantou em seus braços, sem que o beijo se interrompesse, e a conduziu para o interior do quarto. Em um sussurro rouco, próximo ao ouvido dela, ele fez a pergunta que parecia ecoar na alma de ambos.

— Fala que me quer, Helena.

Helena se afastou apenas o suficiente para que seus olhares se encontrassem. Nos olhos azuis dele, não havia apenas desejo, mas uma vulnerabilidade que a desarmou. Toda a hesitação, toda a dor do passado se dissipou diante daquele pedido sincero.

— É tudo que eu mais quero, Leonardo — ela respondeu, a voz carregada de paixão, e o beijou ardentemente.

Naquele momento, não havia espaço para medos ou para a realidade lá fora. Eles se entregaram ao momento, ao prazer e à conexão que havia se acendido entre eles. Loucamente apaixonados, os dois se renderam um ao outro, permitindo que a noite fosse deles, apenas deles.

Após o ato, deitaram-se, os corpos ainda quentes, o cheiro da paixão misturado ao perfume da noite. Leonardo acariciava os cabelos de Helena com uma ternura inesperada, os dedos se perdendo entre os fios macios. Ele a trouxe para mais perto, aninhando-a em seu peito.

— Você foi incrível, Helena — sussurrou ele, a voz rouca e baixa, como se o elogio fosse algo íntimo, só para eles.

A exaustão do dia e a intensidade do momento se misturaram, e Helena se permitiu relaxar completamente. O som tranquilo da respiração dele e o carinho em sua cabeça foram suficientes para afastar todas as preocupações. Em meio àquela paz repentina, ela acabou adormecendo nos braços dele, sentindo-se segura pela primeira vez em muito tempo.

Deitado ao lado de Helena, Leonardo acariciava seus cabelos, os pensamentos navegando por tudo o que havia acontecido. Ela dormia serenamente em seu peito, um contraste pacífico com o turbilhão de emoções que o assolava. A noite que começou em um bar como uma distração casual havia se transformado em algo profundo e inesperado.

Ele nunca imaginou que a mulher que o olhava com tanta dor no bar se entregaria a ele com tamanha intensidade. A vulnerabilidade de Helena o tocou de uma forma que ele não esperava. Para Leonardo, a vida era uma sucessão de negócios, obrigações e relacionamentos sem grandes emoções. O beijo de Helena, contudo, foi um choque, uma explosão de sentimentos que o tirou de sua zona de conforto.

Ele suspirou, o som ecoando suavemente no quarto. O que ele faria a partir dali? Uma noite em um hotel de luxo com uma mulher misteriosa estava fora de seu plano de vida. Mas a sensação de ter Helena em seus braços, a paz que ela transmitia, era algo que ele não queria perder. O toque em seus cabelos parecia tão natural, tão certo.

Leonardo sabia que sua vida era complicada, cheia de expectativas da família Montenegro e da vinícola. Mas, naquela noite, a única coisa que importava era o calor de Helena, o perfume de seu cabelo e a quietude que a presença dela lhe trazia. Ele fechou os olhos, absorvendo o momento, sem saber o que o futuro os reservava. Por enquanto, a única certeza era a paixão que havia acendido entre eles.