Com o número na mão, pensei em desistir. A coragem que me impulsionou a ligar para Fernanda foi se esvaindo, dando lugar ao medo e à vergonha. A imagem de Léo, o magnata que me abandonou com um bilhete, e a possibilidade dele achar que eu estava dando um golpe, me assombraram. Mas então, a mão que estava repousada em minha barriga se moveu instintivamente, e o pensamento em meu filho me deu a força que eu precisava. Aquele bebê precisava de um pai. E eu precisava de uma solução.
Liguei.
No terceiro toque, uma voz formal do outro lado da linha.
— Alô?, a voz soou séria, mas não rude.
— Alô, senhor Pietro, tudo bem?", perguntei, a voz um pouco trêmula, mas consegui disfarçar.
Ele respondeu, simpático, perguntando quem estava falando.
— Helena. Helena Alencar." Falei, sentindo um nó na garganta. "Desculpe incomodar, mas eu preciso urgentemente falar com o senhor Leonardo Montenegro e não estou conseguindo por outros meios."
A linha ficou em silêncio por alguns segundos, e o meu coração b