Cleo e os meninos chegaram, e o assunto, que estava perigosamente perto de uma confissão, mudou imediatamente.
— Vamos começar a nos vestir para sair, hoje vai ser bem corrido — falou Cleo, apressada, tentando compensar o tempo que havíamos perdido na conversa.
Me vesti, optando por uma calça que, por mais que eu tentasse disfarçar, realçava minhas curvas de uma forma que antes não me incomodava. Bruna percebeu.
— Não está muito apertada? — ela sussurrou, enquanto Cleo estava no banheiro, a voz dela carregada de preocupação e cumplicidade.
Sorri de canto e revirei os olhos. Era terrível imaginar na possibilidade de estar grávida. Mas era ainda pior imaginar que, se fosse verdade, o pai seria Léo, um homem que eu só havia visto uma única vez. Um magnata, um herdeiro. A ironia da situação era tão absurda que chegava a doer.
Ajeitei a calça, tentando ignorar a sensação de que ela estava, de fato, um pouco mais justa. A vida, que já tinha me dado um bom soco no estômago, agora parecia est