No dia seguinte, Céline foi acordada ao som de passos pesados no corredor. A porta de seu quarto se abriu sem cerimônia, e dois guardas entraram, ambos usando as túnicas negras que já se tornaram familiares. O mais alto fez um gesto breve.
— Vista-se. Você será levada para o quarto das demais — disse em tom neutro, mas firme.
Céline hesitou por um segundo, o coração disparado. Ela vestiu-se rapidamente, com um vestido simples de linho claro. Enquanto ajeitava os cabelos, seus olhos percorreram uma última vez o quarto que fora seu refúgio nos últimos dias: as tapeçarias pendendo das paredes, o vaso de flores frescas que era trocado diariamente. Tudo parecia tão calmo, mas era apenas um disfarce para a prisão dourada em que se encontrava.
Ao sair do quarto, Céline sentiu o frio do corredor — um contraste gritante com o calor do quarto. Os guardas a escoltaram sem palavra alguma, seus passos ecoando no mármore escuro. Ela olhou para os grandes vitrais coloridos que deixavam entrar a luz