O salão estava em silêncio, cada olhar preso à mulher de vermelho sentada ao lado do Alfa. A taça de vinho repousava intocada diante dela, o rubro líquido refletindo as chamas das tochas como sangue vivo. Céline mantinha o queixo erguido, os lábios cerrados, e nos olhos havia um brilho indomável — um aviso silencioso para quem ousasse encará-la por muito tempo.
Ela não sorriu quando o Alfa ergueu a taça para brindar. Não curvou a cabeça. Quando as vozes ao redor ergueram um cântico antigo, ela ficou imóvel, o queixo firme e o olhar desafiador. Cada palavra cantada falava de união e de laços que nunca poderiam ser quebrados, mas Céline não cantou. Em seu peito, havia apenas um silêncio feito de orgulho e fogo.O Alfa a observava com a mesma intensidade de sempre. Para ele, parecia que quanto mais ela se recusava, mais a desejava. Ele deslizou a mão até a dela, pousando seus dedos quentes sobre a pele dela. O gesto poderia ter sido um consolo, mas Céline o sentiu