A alvorada chegou com um céu límpido, mas no coração de Céline, o horizonte era negro. Desde o momento em que acordou, sentiu que aquele seria o dia. A forma como as mulheres cochichavam, como Eliza a observava com uma mistura de pena e coragem… tudo indicava que não havia mais como adiar o inevitável.
A rotina se seguiu com a precisão de um ritual. As jovens foram conduzidas ao banho, e a água quente escorria sobre a pele de Céline como um aviso. Cada gota parecia ferver, preparando-a para o fogo que viria. As outras esfregavam seu corpo com óleos e flores brancas, deixando-a com um perfume adocicado que logo se tornaria o aroma de sua primeira noite com o Alfa.Quando saiu da água, o vapor a envolvia como um manto, e por um instante ela sentiu que era apenas uma sombra, à espera de ser consumida pela luz impiedosa do Alfa.Na hora da escolha, as tochas foram acesas em um silêncio sagrado. Céline se alinhou com as demais, o coração pulsando tão alto