Elizabeth

Eu mal sentia minhas pernas. Estava sentada, mas por dentro era como se eu estivesse caindo sem parar. Minha filha respirava tão miudinha no meu colo… tão leve… tão frágil. Dominic mamava sem descanso, grudado em mim como se o peito fosse o único lugar seguro do mundo — talvez fosse mesmo.

Meu coração estava na UTI.

Meu outro pedaço, na clínica veterinária.

E eu aqui… tentando não desmoronar.

Rogério estava do meu lado o tempo todo. Ele não soltava minha mão nem por um segundo. A cada pessoa que passava no corredor, eu me assustava achando que alguém vinha trazer notícia.

Mas não vinha.

— “Liz, respira…” ele murmurou baixinho, ajeitando a manta por cima dos meus ombros. — “Vai dar tudo certo.”

Eu queria acreditar.

Meu Deus, como eu queria.

Mas assim que eu fechava os olhos, eu só enxergava o Antony… cheio de sangue… sendo levado às pressas… e o Tob desacordado enquanto o colocavam na maca da veterinária.

Apertei minha filha contra mim, com tanto cuidado que minhas mãos tre