Rogério
A Liz dormia profundamente, exausta, e eu nunca tinha visto ela tão frágil… e tão forte ao mesmo tempo. O quarto do hospital estava silencioso, iluminado só por uma luz amarela fraca que mal chegava aos bercinhos.
Eu não conseguia tirar os olhos dela.
Nem dos nossos filhos.
Camila estava ali comigo, sentada na poltrona ao lado, observando os dois como se tivesse ganhado dois pedaços de céu. Era bom ter alguém da família perto… alguém que amava a Liz tanto quanto eu.
Mas eu… eu estava em alerta.
Eu quase a perdi.
Quase perdi tudo.
Eu não ia dormir nem por um decreto.
01:07 da madrugada
O primeiro choro cortou o silêncio.
Dominic.
Na mesma hora, levantei da poltrona.
— “Deixa que eu pego.” falei antes que Camila se mexesse.
Ela sorriu, cansada.
— “Tá todo bobo, hein?”
— “Tô.” admiti sem vergonha.
Peguei o meu filho no colo e, Deus… como um ser tão pequeno podia caber tão perfeitamente na curva do meu braço?
— “Calma, meu garoto… o papai tá aqui.”
Do outro lado, Antonela se mexe