Rogério
Assim que entramos no quarto, Liz parou na porta.
A luz das velas era quente, dourada… mas não eram velas comuns.
Eram as que ela adorava.
Aquelas que, ao derreter, viravam um óleo quente, pronto para escorrer pela pele.
Perfume de jasmim e baunilha tomou conta do ambiente, suave e envolvente, como um abraço inteiro feito de aroma.
Eu fechei a porta atrás de nós e esperei ela notar.
Liz caminhou até a mesa onde a vela maior estava acesa.
O líquido morno já brilhava na superfície, viscoso, convidativo.
Ela passou o dedo perto da chama, curiosa, e virou o rosto pra mim.
— “Rogério… isso aqui é…?”
— “De massagem,” respondi, me aproximando devagar.
Minha mão deslizou pela cintura dela, subindo pela lateral do corpo, até segurar seu queixo com delicadeza.
— “Pra você. Pra nós.”
Os olhos dela brilharam de um jeito que me desmontou.
— “Você… pensou nisso?”
— “Pensei em você.”
Minha voz saiu mais baixa do que eu planejei.
— “No seu corpo cansado. No peso da barriga. Nos bebês mexendo