Capítulo 74

Guilherme

O rádio chiava dentro da viatura.

O mapa à minha frente tremia com o balanço do carro.

Meu coração batia mais alto que a sirene desligada.

— Equipe 1 posicionada. Prontos para entrar. ouvi a voz da força tática pelo fone.

Meu punho apertava o colete. O suor escorria pelas costas.

Era agora.

— Atenção a todos. A casa foi identificada. A movimentação interna confirma presença de pessoas. Modo silencioso. A entrada é pelo fundo. disse o líder da operação.

Maria apertou meu ombro antes de eu descer.

— É agora, Gui. Ela tá ali. Sente isso. Vai dar certo.

Assenti. Mas as pernas tremiam.

Era como se o tempo tivesse congelado nos últimos três dias.

A imagem dela na cadeira, a barriga crescendo, o sorriso doce… tudo isso me assombrava toda noite.

E agora, talvez, eu a tivesse a poucos metros de distância.

Descemos. A porta dos fundos estava escorada com uma corrente. O time arrombou com precisão. Avançamos como fantasmas, em silêncio. O galpão era úmido, escuro, abafado.

E então…

O
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