Capítulo 69

Guilherme

A noite tinha começado movimentada no hospital. Primeiro dia de plantão desde que voltamos pra Nova York, e eu já sentia o peso nas costas. Os corredores iluminados, o som dos monitores, a pressa controlada dos passos… tudo me lembrava por que eu amava estar ali, mesmo com o cansaço batendo forte.

Mas, dessa vez, algo era diferente.

Era como se minha cabeça estivesse a quilômetros dali. Em casa. No quarto com luz baixa. No cheiro do travesseiro dela. Na mão pequena da Estela sobre a barriga, e no som daquele coraçãozinho que eu ainda ouvia ecoando dentro de mim. Minha vontade era estar em casa com elas.

Luiza.

Minha filha. Minha pequena.

Estava ali tentando me concentrar na triagem quando o celular vibrou no bolso do jaleco. Número conhecido. Um aperto no peito antes mesmo de atender.

Grace.

Atendi no modo automático, sem imaginar o que viria.

— Oi, Grace. Tá tudo bem?

A voz dela do outro lado estava mais suave do que o que o normal.

— Gui… eu só… precisava ouvir sua voz. Sa
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