Gustavo
O congresso estava sendo interessante, mas confesso que minha cabeça não estava totalmente ali. Eu só pensava em voltar logo para casa. Andréia tinha ficado com o Lorenzo gripadinho, e eu sabia que ela estava exausta cuidando dele.
Já estava quase na hora de encerrar quando sentei com alguns colegas para o almoço. Conversa vai, conversa vem, meu celular vibrou em cima da mesa. Reconheci de longe a notificação e não resisti em pegar na hora.
Era da minha joia.
Abri a mensagem e li:
"Amor, quer tomar um chá com leite hoje?
Eu te dou o chá e você me dá o leite!"
A gargalhada saiu tão alta que todos da mesa pararam de comer e me olharam.
— O que foi, doutor Gustavo? perguntou um dos médicos.
Balancei a cabeça, tentando esconder o sorriso bobo no rosto:
— Nada demais… só uma mensagem particular.
Por dentro, meu coração já estava acelerado. Ela sempre dava um jeito de me desarmar.
Engoli o riso e fingi que voltava à conversa, mas minhas mãos já corriam de volta para o celular. Os c