Andréia
O dia da alta finalmente chegou. Saí do hospital com meu bebê nos braços e a sensação de que, apesar do cansaço, a vida estava nos dando um novo começo. Gustavo caminhava ao meu lado, cuidando de cada detalhe, e Henrique, com seus onze anos, vinha perto de mim, todo protetor com o irmãozinho recém-nascido. Lorenzo, não parava de falar, já planejando como dividir os brinquedos com o caçula.
Assim que entramos em casa, meu coração se encheu de emoção. Era bom demais voltar, sentir o cheiro familiar do lar. Me acomodei no sofá com o bebê, e Henrique se sentou ao meu lado, passando o dedinho devagarzinho na mãozinha do irmãozinho. A cena me fez sorrir.
Gustavo então se aproximou, sentou-se ao meu lado e pegou minha mão. O olhar dele estava firme, mas havia também uma ternura que me desmontava.
— Amor… eu queria te dizer uma coisa. Ele respirou fundo. — O Henrique já é meu filho de coração. Mas eu quero mais que isso. Quero registrar ele como meu filho de verdade, assumir no pape