Andréia
O som das sirenes ecoava antes mesmo de a ambulância estacionar na emergência. Era um barulho que parecia atravessar o peito, um alarme que não deixava dúvidas: acidente grave, vida em risco. As portas automáticas se abriram de repente, e o corre-corre tomou conta do pronto-socorro.
— Andréia, Guilherme, emergência chegando. Três vítimas, uma delas com quadro instável avisou a enfermeira, já ajeitando a maca e preparando os materiais.
Troquei um olhar rápido com Guilherme. Ele apenas assentiu, com aquela calma firme que parecia segurar todo o caos. Era impressionante como conseguia manter a serenidade, e isso passava segurança para toda a equipe. A gente ainda estava aprendendo os limites da parceria, mas no campo de batalha médico, nossas engrenagens se encaixavam sem esforço.
Vestimos os aventais em silêncio, ajustamos as luvas, e em poucos segundos já estávamos posicionados para receber as vítimas.
A primeira chegou inconsciente, o corpo marcado por escoriações, sangrament