“Não quero que você sobreviva a mim, Fernando. Quero que você viva comigo.” — Luna Castilho
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Seus lábios esmagavam os meus, e havia algo de brutal naquele beijo, como se ele tentasse me punir e, ao mesmo tempo, se salvar. Mas eu não recuei. Nunca recuaria. A cada investida dele, eu respondia com entrega. E quanto mais ele tentava provar que era dono de si, mais eu sentia — ele já não tinha controle algum.
O gosto de álcool se misturava ao sabor da sua boca, quente, urgente. Ele me devorava como quem precisava arrancar de mim uma verdade que o queimava por dentro. Suas mãos deslizaram dos meus cabelos até minha cintura, apertando-me com uma força que arrancou um suspiro do meu peito.
— Maldição… — ele murmurou contra meus lábios, a voz rouca, quase um gemido sufocado. — Você é a minha maldição.
Sorri no meio do beijo, arfando.
— Não, Fernando… eu sou a sua redenção.
Ele gemeu baixo, como se minhas palavras o ferissem mais do que qualquer faca. Sua boca deixou a minha por um in