“Eu sobrevivi a balas, facas e inimigos… mas é a mão de Luna entrelaçada à minha que me destrói.” — Fernando Torrenegro
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O peso da mão dela entrelaçada à minha é mais devastador do que qualquer tiro que já atravessei, mais cruel que qualquer faca que já me marcou a pele. Ela não tem noção do que está fazendo. Ou talvez tenha, e justamente por isso me desarma.
Minha mente lateja com o conflito: vingança ou rendição. Sangue ou pele. Ódio ou amor.
— Você devia correr de mim, Luna — digo com a voz grave, rasgada, como um rugido preso na garganta. — Eu não sou o homem que você pensa. Sou a maldição que arrasta tudo pro inferno.
Ela não solta minha mão. Seu rosto, mesmo perdido no breu da sua escuridão, se ergue na minha direção.
— Então me leve com você — responde. Simples, certeira e mortal.
A frase dela me fere mais que qualquer bala.
"Porra, essa mulher é louca… ou é eu quem enlouqueceu de vez."
Me aproximo tanto que sinto o calor da respiração dela bater contra meus lábios. O cheiro