“Ele pensa que sou sua ruína, mas na verdade… sou a única capaz de salvá-lo.” — Luna Castilho
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Quando Fernando se afastou de mim, o vazio que ele deixou foi mais doloroso do que qualquer escuridão que já enfrentei na vida. Eu podia sentir sua respiração acelerada, o calor dele ainda impregnado na minha pele, como se tivesse marcado cada pedaço de mim. E, mesmo assim, ele recuou.
“Isso não pode acontecer”, ele disse.
Essas palavras ecoam na minha mente como lâminas afiadas. Mas o que arde não é a recusa — é o medo escondido na voz dele.
Fernando Torrenegro não teme homens armados, não teme inimigos e nem teme a própria morte. Mas ele teme a mim. E isso é o que mais me faz querer ficar.
Ele acha que me afastando vai me proteger.
Mas eu já não quero proteção. Quero fogo, verdade, e sobretudo, eu quero a parte dele que ninguém ousa tocar, nem mesmo ele.
Seus dedos entrelaçados nos meus foram a confissão mais pura que já recebi. Ele não disse “eu te quero”, e tão pouco disse “eu te amo”.