“Construí uma prisão para Luna, mas acabei trancado nela também. A vingança ainda queima em mim, mas é o nome dela que me corrói por dentro. Se eu não a destruir, ela me destruirá. E talvez, por primeira vez, eu não saiba qual destino escolher.” — Fernando Torrenegro
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Passei a noite no quarto dela, sentado na cadeira como um condenado. Não toquei nela, mas fiquei em silêncio, não disse mais nada. Apenas fiquei ali, preso à respiração de Luna. Ela dormia — ou fingia dormir. Não importava. Para mim, aquele silêncio foi a pior tortura. Eu não sou um homem que hesita. Não me permito dúvidas, não me permito fraquezas. Sempre acreditei que meu caminho fosse claro: destruir Castilho, fazer dele o que ele fez comigo, esmagar sua vida com as próprias mãos. E a peça final desse jogo era ela.
Luna.
Mas a cada noite que passo ao lado dela, percebo que a prisão que construí não é só dela. É minha também. E mais sufocante do que qualquer cela de ferro.
Quando o sol nasceu, saí do quarto como lad