“Já enfrentei inimigos armados e enterrei homens sem piscar. Mas uma mulher cega, filha do meu inimigo, conseguiu me despir da minha armadura. Luna não é fraqueza — é a única verdade que me resta. E por ela… eu mato ou morro.” — Fernando Torrenegro
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As palavras dela me atingiram como um disparo certeiro no peito:
— Entonces… usted no es mejor que mi padre.
"Então você não é melhor que meu pai.”
A voz calma, cruel e sem elevar o tom me perfuraram o peito. Já enfrentei inimigos armados, já vi corpos caindo aos meus pés e já senti o cheiro do sangue fresco empapando a terra. Mas nada nunca me quebrou tanto quanto aquela frase, cuspida por ela com a serenidade de quem não tem nada a perder.
Meu pai morreu ajoelhado, implorando para que eu não me tornasse como os homens que o destruíram. Minha mãe morreu com os olhos carregados de medo.
Eu prometi vingança. Jurei sangue e fiz do ódio o meu alimento. E agora, essa mulher — cega, filha do meu inimigo — ousa me olhar como reflexo do mesmo m