Quarta-feira. Último dia da viagem.
Depois de tantas horas em pé, sob um sol que parecia ter saído direto do inferno particular de algum pecador fashionista, o resort já tinha perdido o charme. O que antes era luxo agora era apenas calor, suor e insônia com lençóis de mil fios.A única coisa que eu queria naquele momento era a minha cama… e o café que só a Aya sabe fazer — forte, quase amargo, do jeito que a vida ensinou a gente a gostar.O sol estava particularmente cruel hoje. A luz refletia nas paredes claras do resort como se o próprio universo tivesse ligado o modo "testar limites da sanidade humana". E eu? Já não sabia mais se o que queimava era o sol sobre minha cabeça ou meu coração dentro de mim, todas as vezes que os olhos de Leon encontravam os meus. Maldito. Traidor de promessas silenciosas.Ele, que até ontem parecia não lembrar que eu existia, agora me olhava como se cada centímetro meu gritasse por atenção. E ele ouvia. Se