O carro de Jonathan desliza lentamente pelo gramado úmido do Sítio dos Maia, suas rodas esmagando a relva macia sob o peso da ansiedade e das últimas notícias. A tarde caminha preguiçosa, mas cada segundo parece carregado de uma tensão silenciosa que paira sobre todos os presentes. O céu, de um azul sereno, contrasta dolorosamente com a inquietude que habita os corações naquela casa.
Islanne é a primeira a abrir a porta do carro, os saltos afundando levemente na terra fofa enquanto ela segura os documentos com força, como se eles fossem capazes de sustentar o próprio destino da família. Jonathan surge logo atrás, os passos firmes tentando disfarçar o cansaço estampado no rosto. Seu olhar, habitualmente frio e calculado, agora carrega um brilho estranho, um misto de alívio e medo.
Eduardo caminha ao lado deles em silêncio, como quem entende que não há palavras suficientes para o que está prestes a ser compartilhado.
Ao cruzarem o alpendre largo, o aroma acolhedor de comida no fogão de