De mãos dadas, Darlene e Eduardo atravessam o pátio da fazenda sob o olhar atento de todos os moradores. Vaqueiros encostados nas cercas, empregados passando com baldes, todos interrompem brevemente suas rotinas para observar aquela cena: o homem da cidade, dirigindo o carro dela, e ela, confiante, ao lado dele, com um sorriso discreto no rosto.
Eduardo maneja o volante com tranquilidade, como se aquele fosse o carro dele há anos, e Darlene repousa a mão na coxa dele, distraída, olhando a paisagem passar pela janela. Quando chegam ao Sítio dos Maia, o ar pesa imediatamente.
Caio está ali, furioso, em pé, gesticulando na varanda com seu Heitor e dona Maria, a voz alterada:
— Eu só acho que vocês deviam dar um conselho para a Darlene! Ela tá se expondo demais… Isso não é coisa que uma moça de família faça!
Mas antes que ele possa continuar, Eduardo fecha a porta do carro com calma, passa o braço pelos ombros de Darlene e caminha até eles. Para bem diante de Caio e, com um sorriso frio,