Nada prepara Islanne para o que sente ao abrir a porta do quarto e dar de cara com a imagem mais poderosa que poderia ver: Marta com Lua ao sei0, serena, inteira, enquanto Jonathan a observa com devoção, os dedos acariciando os fios finos da filha como quem toca a própria alma. É um instante congelado no tempo, íntimo, sagrado, que acerta Islanne em cheio, como uma flecha certeira no meio do peito.
Antes disso, a manhã começa com a mesma força imprevisível que define a mulher que ela é. Islanne acorda e o sol já está bem alto, sabe que perdeu o horário, toma um banho revigorante e se arruma com simplicidade, calça jeans justa, blusa de linho leve, maquiagem discreta e um perfume suave, mas marcante. Ao sair do quarto, é interceptada por Dona Maria na cozinha.
— Vai sair com esse estômago vazio? Senta, menina. Come alguma coisa.
Ela resmunga, tentando escapar, mas o olhar firme de Dona Maria é mais convincente que qualquer argumento. Ravi, sentado à mesa, ri ao ver a cena.
— Melhor ob