O portão da fazenda range ao abrir, mas nem o som metálico quebra o riso solto que escapa de Darlene e Eduardo. Eles descem da caminhonete rindo como se o mundo não tivesse pressa, como se ali, entre árvores silenciosas e céu estrelado, tudo fosse possível. A poeira da estrada ainda os acompanha, mas é como se não importasse. Há algo mais intenso no ar, talvez desejo, talvez alívio. Talvez os dois.
— Você é louco, Eduardo! — Darlene diz entre gargalhadas, enquanto desce ajeitando o cabelo desgrenhado pelo vento.
— Louco por você, e você sabe — ele responde com um sorriso enviesado, os olhos fixos nela, brilhando.
O banho é rápido, mas quente o suficiente para amenizar a poeira do corpo, não do desejo. Trocando provocações e toques apressados, eles se separam com dificuldade. Darlene, de cabelos úmidos enrolados numa toalha, veste uma camiseta larga e um short jeans. Parece despreocupada, mas Eduardo não consegue tirar os olhos dela.
Há algo em vê-la assim, simples, linda, de pés desca