O nome de Jonathan ecoa no ar com um cuidado extremo. Cícera, ou Cici, como todos a chamam com carinho, a governanta da família Schneider, está parada diante da janela da imponente mansão em Miami, com as mãos calejadas segurando uma xícara de chá bem quente. O sol da tarde bate nas cortinas floridas, mas não aquece a inquietação que cresce no peito dela. Quando Afonso entra na sala com aquele olhar sério, ela sabe, algo importante está prestes a ser dito. E será impossível voltar atrás depois disso.

— Cici... — Afonso começa, com a voz grave, quase um sussurro. — Preciso te contar algo sobre o Jonathan.

Ela se vira devagar, os olhos marejados antes mesmo da notícia. O coração de mãe de coração nunca dorme. E o nome de Jonathan... é como uma cicatriz que ainda pulsa, desde que perdeu Aira e o filho.

—Pelo amor de Deus, Afonso? — pergunta, o corpo rígido. — Ele está bem?

— Está... mais ou menos. Ele teve filhos, Cici. E agora está passando por uma dor que nenhum pai deveria conhecer. A