As manhãs na casa de Emma tinham aroma de café fresco, risos infantis e arte espalhada pelos cantos. Miguel, agora com sete anos, acordava sempre antes de todos e corria até o quarto dos pais para pular na cama e desejar um “bom dia” cheio de energia. Era a alegria viva da casa — inteligente, curioso e cada vez mais parecido com Alexandre, embora o brilho no olhar fosse todo de Emma.
Emma gostava de começar o dia com um momento só dela. Mesmo antes do café, passava alguns minutos no ateliê improvisado no jardim. Ali, entre pincéis e cores, ela se concentrava, conectava-se com o silêncio e agradecia pela nova chance de viver.
Alexandre, como sempre, era o equilíbrio da família. Dividia-se entre as responsabilidades como CEO e os momentos em casa, onde fazia questão de levar Miguel à escola, preparar o café ao lado da esposa e caminhar com ela pelo jardim nas tardes de domingo. Depois de tudo o que passaram, ele entendia que o tempo juntos era o bem mais precioso que tinham.
Sofia, agor