O silêncio que se instalou entre eles após aquelas palavras parecia ter peso próprio.
“Duas semanas.”
A mente de Olívia repetia aquilo como se fosse uma sentença ecoando em uma caverna.
Duas semanas para casar.
Duas semanas para selar uma mentira com flores, música e aplausos.
O chão parecia ter sumido sob os pés de Olívia. O eco das palavras de Ian ainda vibrava em sua cabeça, repetindo-se como um martelo.
— Duas semanas. — ele dissera, como se fosse apenas um fato. Mas para ela, era como uma sentença.
Ela piscava rápido, tentando processar e conter o turbilhão que se formava dentro do peito. O coração batia acelerado, a respiração curta. Mas a raiva explodiu antes que conseguisse.
— Como ele pôde? — a voz dela saiu quase como um grito abafado, trêmula, carregada de incredulidade. — Como o seu avô pode simplesmente decidir isso por nós? Como se fôssemos… — ela ergueu a mão, como se buscasse a palavra exata, e deixou escapar com amargura: — …peões no tabuleiro dele.
Ian manteve-se imó