O corredor estava silencioso, exceto pelo som distante do hospital improvisado que agora era o quarto de Leo, o bip compassado dos aparelhos, a voz calma de Helena ao orientar a medicação.
Quando Olivia saiu, fechou a porta devagar, tentando manter o coração sobre o controle. Não queria que ninguém visse os olhos vermelhos, a respiração trêmula, as mãos que ainda guardavam o calor do filho e as bochechas coradas que delatavam o quase momento com Ian.
Do lado de fora, o corredor parecia mais longo naquela noite. As paredes de madeira escura, os retratos antigos e o tapete grosso abafavam o som dos passos, mas não conseguiam abafar o peso no peito de Olívia.
Ela se soltou da porta devagar, como se o simples barulho da maçaneta pudesse quebrar a bolha frágil de paz que ainda envolvia o menino dentro do quarto. Por dentro, ela ainda sentia o coração acelerado; o pedido de Léo ecoando, a promessa de Ian latejando na mente como uma ferida aberta.
Olívia encostou a testa na madeira fria da p