O abraço de Ian não foi imediato; foi hesitante, como se ele temesse perder o controle ao tocá-la. Mas quando Olívia se jogou contra ele, o instinto venceu. Ele a segurou com força, como se cada pedaço dela pudesse escapar por entre seus dedos. Não era apenas um abraço correspondido. Foi um mergulho.
Ele a segurou como quem segura o próprio ar, os dedos entrelaçando-se aos fios soltos do cabelo dela, o rosto inclinado, aspirando o perfume leve de lavanda que sempre parecia cerca-la. A respiração dela batia quente contra seu peito, o corpo tremia como se estivesse em ruínas.
Os dedos dele deslizaram ainda até os cabelos dela, afundando suavemente, sentindo a maciez como se fosse um fio de ligação entre eles.
— O que aconteceu, Olívia? — a voz dele saiu baixa, grave, quebrada pela preocupação. Como se tivesse medo de quebrar ainda mais o que já estava frágil.
Olívia fechou os olhos com força, apertou mais o rosto contra ele, como se o mundo inteiro pudesse desaparecer dentro daquele abr