— Eu… eu realmente posso vê-lo? — a voz de Olívia saiu baixa, quase infantil, carregada de medo e esperança ao mesmo tempo.
O médico assentiu, abrindo um pequeno sorriso compreensivo.
— Sim, senhorita Belmonte. Mas apenas pela parede de vidro da UTI, por enquanto. Ele está em observação, ainda é cedo para contato direto. Precisamos evitar qualquer risco de infecção.
Olívia concordou com a cabeça de imediato. O alívio que sentiu foi tão grande que as pernas pareceram fraquejar.
— Não importa. Só de ver o meu filho… já é o suficiente.
Ela começou a caminhar, mas parou ao ouvir a voz do médico às suas costas.
— Carla? — chamou ele, num tom hesitante. — Podemos conversar um instante?
Olívia virou-se, surpresa. Carla ainda estava parada no corredor, os braços cruzados, o olhar frio.
— Não temos nada para conversar. — respondeu ela, cortante.
O médico suspirou, visivelmente desconfortável.
Olívia franziu o cenho, dando um passo em direção aos dois.
— Vocês se conhecem?
Carla lançou-lhe um o