A frase caiu como um trovão entre eles. Ian congelou, sem ar. As palavras queimavam na boca, mas não saíam. Porque se dissesse em voz alta, seria real demais. E por um instante, até ele duvidou se estava pronto para essa verdade.
Não sabia se Nicolau o acusava, se testava… ou se apenas dizia a verdade que ele próprio não ousava admitir.
E, pela primeira vez, Ian não tinha certeza se ainda conseguia atuar.
Seu coração gritava para jogar tudo para o alto, para encerrar a farsa do noivado e parar de viver na sombra de uma mentira. Nicolau estava morrendo, afinal. O império, a herança, nada daquilo fazia sentido quando tudo podia ruir de um dia para o outro.
Mas então, a imagem de Olívia sozinha naquela sala branca, agarrada à esperança de que o filho sobrevivesse, invadiu sua mente. O rosto frágil, os olhos determinados… Léo, deitado em uma mesa de cirurgia.
O nó em sua garganta se apertou.
Não era Nicolau. Não era a herança.
Era ela. E o menino.
E Ian, sem entender por quê, não consegui