Depois de alguns minutos de tortura e incerteza, o médico voltou a sala.
— E então? Precisamos da autorização de vocês. A equipe já está pronta.
Olívia piscou, perdida. O mundo girava, o coração batia no ouvido, as mãos não obedeciam, mas ela assentiu lentamente. O papel estava diante dela, parecia pesar tonelada em suas mãos, a a caneta deslizava em seus dedos trêmulos, como se recusasse a tocar aquele destino. Cada letra que teria de escrever era como assinar uma sentença de vida ou morte.
Tentou assinar, mas a letra vacilava, ilegível. A respiração dela acelerava, e foi nesse instante que Ian estendeu a mão, firme, e tomou o papel, antes que ela deixasse cair.
Os olhos dele encontraram os dela. Sérios. Firmes. Sem espaço para hesitação. Não havia pressa, nem piedade. Apenas uma certeza inabalável.
E ele assinou.
E, num gesto que a deixou sem ar, ele assinou no espaço de “responsável”. Assinou como se fosse sua própria vida que estivesse colocando na linha.
Olívia arfou.
— Ian… — a