O quarto de Leo parecia pequeno demais para tanta tensão. O menino, ainda pálido após a crise, respirava lentamente diante do aparelho medidor de Helena, mas estava estabilizado, ainda que frágil demais. O silêncio era cortado apenas pelo som baixo dos equipamentos que monitoravam seus batimentos.
Decidiram sair dali, porque Leo não precisava ou merecia ver o que ainda estava por vir.
O corredor da mansão ainda estava impregnado pelo peso do que acontecera. O coração de Olívia latejava no peito, a respiração curta, como se todo o oxigênio tivesse sido sugado daquela casa.
E agora Nicolau se atrevia a dizer que não poderia ir ao hospital? A verdadeira guerra estava prestes a começar.
Nicolau andou alguns centímetros, apoiando-se na bengala de forma quase teatral. Sua presença bastava para silenciar qualquer um. Os olhos frios percorriam Ian, Olivia, e por fim, pousaram em Helena, através da porta do quarto, como se até ela fosse um detalhe no meio do seu jogo.
Olivia se apressou e fech